Enfermeira diz que mais de 40 mulheres relataram casos semelhantes após denunciar importunação sexual de personal

  • 27/11/2025
(Foto: Reprodução)
Personal é denunciado por importunação sexual em Salvador A enfermeira Maria Emília Barbosa, que denunciou ter sido vítima de importunação sexual por um personal trainer em Salvador afirmou que, após tornar público o caso, recebeu mais de 40 relatos de outras mulheres que dizem ter vivido situações semelhantes. Em entrevista à TV Bahia, ela descreveu o impacto emocional após o episódio e criticou a lentidão no andamento da investigação. “Muito tempo a gente fica se questionando se realmente isso aconteceu, se é coisa da nossa cabeça, até realmente se concretizar um ato”, disse. 📲 Clique aqui e entre no grupo do WhatsApp do g1 Bahia Segundo ela, só após o ocorrido percebeu que havia muitas outras pessoas com experiências parecidas. A vítima contou que ficou assustada com a quantidade de relatos que chegaram após a repercussão do caso. “Foram mais de 40 pessoas que entraram em contato comigo. Cada uma com sua subjetividade, mas com relatos muito parecidos com o meu. Relatos que mostram um mesmo modus operandi”, falou a enfermeira. Enfermeira diz que mais de 40 mulheres relataram casos semelhantes após denunciar importunação sexual de personal TV Bahia Maria Emília também relatou que recebeu mensagens da família do investigado após tornar o caso público. “A mãe dele entrou em contato comigo pedindo para que eu não falasse sobre ele no meio digital, porque a irmã trabalha com isso e citou até que o pai dele é do órgão judiciário”, afirmou. Segundo ela, a irmã do personal trainer também teria enviado mensagens ofensivas pelas redes sociais, chamando-a de mentirosa. “Esse foi o único contato que tive da outra parte até então”. A denúncia foi registrada uma semana após o episódio, e a vítima afirma que ainda não foi ouvida pela Polícia Civil. “Infelizmente ainda não teve esse ouvir. Outras vítimas já prestaram depoimento, e ainda assim essa lentidão”. A enfermeira fez um apelo para que outras mulheres procurem as autoridades. “Todo mundo que já passou por isso e reconhece realmente quem é a pessoa, que não fique só no Instagram. Que tenha coragem e vá até a delegacia denunciar. A gente só vai ter voz se estiver juntas”, afirmou. Ela contou ainda que muitas das mulheres que a procuraram têm medo ou vergonha de revelar o que passou, inclusive para familiares e parceiros. “Tem meninas que nem sequer tiveram coragem de contar aos noivos, aos maridos, aos namorados. Então o outro lado tem que pensar nas outras famílias antes de acontecer o que aconteceu”. A vítima diz que decidiu falar publicamente também em respeito às famílias das outras mulheres que relataram situações semelhantes. “Eu precisava fazer isso para dar voz a outras famílias”. Procurada pelo g1, a defesa de Maurício Brasil informou que não emitirá nota pública neste momento, "pois todas as manifestações oficiais referentes ao caso serão feitas exclusivamente nos autos, garantindo a seriedade, a integridade da investigação e o respeito ao devido processo legal." Personal trainer Maurício Brasil é investigado por denúncia de importunação sexual Reprodução/Redes Sociais Relato nas redes sociais Por meio de um vídeo nas redes sociais, Maria Emília relatou que o primeiro contato com o profissional ocorreu em janeiro deste ano, após indicação de uma amiga. Ela negociou a contratação do serviço através de mensagens, e os combinaram que haveria divulgação nas redes sociais. Disse ainda que, assim que houver qualquer posicionamento institucional pertinente, ele será encaminhado diretamente pelos canais jurídicos responsáveis. Conforme o relato, a primeira consulta aconteceu em 31 de janeiro, quando, segundo a enfermeira, o profissional exigiu que a avaliação física fosse feita de biquíni, alegando ser a única forma adequada de realizar o procedimento. Maria Emília afirmou, que durante o atendimento, foi submetida a poses e procedimentos que a deixaram desconfortável, incluindo uma suposta liberação miofacial com aproximação excessiva das partes íntimas. “Eu estava extremamente desconfortável, mas pensei que fizesse parte do exame. Ele chegava muito perto, sem tocar, e eu permaneci paralisada, tentando agir naturalmente”. Ao longo dos 30 dias seguintes, ela disse que seguiu o plano de treinos e retornou para nova avaliação. Desta vez, recusou o uso de biquíni e optou por roupa de academia, mas disse que o personal insistiu, afirmando ser impossível realizar o procedimento corretamente sem o traje indicado, relatou a mulher. Maria Emília Barbosa afirma ter sido submetida a condutas de conotação sexual durante avaliações físicas Reprodução/Redes Sociais Segundo Maria Emília, o comportamento do profissional se tornou ainda mais invasivo. Sem citar o nome do personal trainer, ela disse que ele chegou a "lateralizar" sua peça íntima e fez movimentos de conotação sexual. “Eu dei um tapa na mão dele e pedi para parar. Foi quando ele pegou minha mão, colocou no órgão genital dele e disse: ‘Veja só como eu fico com você’”, afirmou. Maria Emília contou que deixou o local imediatamente. Após falar sobre o caso com pessoas próximas, ela falou que descobriu que outras mulheres já haviam vivido situações semelhantes com o mesmo profissional. A enfermeira procurou apoio jurídico e prestou um boletim de ocorrência em março deste ano. “Eu me senti culpada por ter ficado paralisada, mas hoje sei que isso é uma resposta comum diante da violência. Por isso, decidi falar”, declarou. Na publicação, Maria Emília ainda incentivou vítimas de violência física, psicológica ou digital a denunciarem e divulgou o contato de seu advogado para apoiar possíveis vítimas. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que apura uma denúncia de importunação sexual sofrida por uma mulher em uma sala comercial no bairro Caminho das Árvores, nos dias 31 de janeiro e 19 de março. Conforme a PC, a 16ª Delegacia Territorial da Pituba conduz oitivas e outras diligências investigativas, incluindo análise de câmeras de segurança, para esclarecer as circunstâncias do caso. Em nota, o Conselho Regional de Educação Física da 13ª Região – Bahia, instaurou os procedimentos administrativos e a Câmara de Julgamento Ético-Disciplinar do CREF13/BA analisará o caso "com o rigor técnico necessário". Nota do Conselho Regional de Educação Física da 13ª Região "O Conselho Regional de Educação Física da 13ª Região – Bahia (CREF13/BA) repudia veementemente qualquer forma de violência, assédio moral ou assédio sexual, especialmente quando praticados no exercício da profissão. Como órgão fiscalizador e orientador, reafirmamos nosso compromisso com a proteção da sociedade, o respeito à dignidade da pessoa humana e a defesa intransigente de todas as mulheres que já sofreram ou sofrem qualquer tipo de violação. Declaramos, ainda, nosso apoio às vítimas que têm coragem de denunciar, reconhecendo a importância de acolhê-las e garantir que sejam tratadas com seriedade e respeito. O Brasil enfrenta índices alarmantes de casos de assédio, e o ambiente profissional não está imune a essa realidade. Diante das denúncias envolvendo um personal trainer que atende influenciadoras baianas, acusado de assédio sexual durante a prestação de serviços profissionais, o CREF13/BA informa que já instaurou os devidos procedimentos administrativos, conforme previsto no Código de Ética e nas normativas do Sistema CONFEF/CREFs, reforçando que todas as denúncias são tratadas com rigor e responsabilidade. Ressaltamos que a conduta relatada não representa os mais de 22 mil profissionais de Educação Física registrados na Bahia, que atuam com responsabilidade, respeito e ética, contribuindo diariamente para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população. A Câmara de Julgamento Ético-Disciplinar do CREF13/BA analisará o caso com o rigor técnico necessário, garantindo o contraditório e a ampla defesa, e, havendo comprovação de infrações éticas, as sanções cabíveis serão aplicadas, podendo incluir advertência, suspensão ou até o cancelamento do registro profissional. O CREF13/BA reforça que atos que ferem a integridade e a confiança do público com a profissão não coadunam com os princípios da Educação Física, nem com o exercício profissional responsável e digno que esta autarquia regional defende e protege. Reiteramos que faremos tudo o que estiver ao alcance institucional para inibir, combater e responsabilizar práticas abusivas, fortalecendo ações de orientação e fiscalização. Seguiremos vigilantes, atuantes e firmes no combate a qualquer prática que desonre a profissão e coloque em risco a segurança e o bem-estar da sociedade baiana." LEIA TAMBÉM: Homem é preso suspeito de importunação sexual no metrô de Salvador Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros é preso em flagrante suspeito de importunação sexual em ônibus na Bahia Professor suspeito de importunar sexualmente aluno é preso na BA; celular e chuteira foram oferecidos à vítima por silêncio, diz polícia Enfermeira e influenciadora denuncia ter sido importunada sexualmente por personal trainer Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/11/27/relato-de-enfermeira-que-denunciou-importunacao-sexual.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. saudade da minha vida

gustavo lima

top2
2. uai

zé neto e cristiano

top3
3. rancorosa

henrique e juliano

top4
4. eu e voce

jorge e matheus

top5
5. solteirou

luan santana

Anunciantes